18 de set. de 2013

Ponto ação

de poucas nesgas de alma
construiu pulmões de respirar
teceu mãos para pintar com calma
e os pés para não voltar

dos poucos ares imundos
respirou: o mundo
que não parou de rodar
que não parou de ser mundo
não parou: nem parará

do pouco de vida que tinha, escreveu-se
num poço profundo, poema moribundo:
vivendo como quem espera
- sem delícias ou dores -
o ponto final chegar
.


(e é aqui que você coloca as flores)

2 comentários:

  1. do pouco de vida que tinha, escreveu-se
    num poço profundo, poema moribundo:
    vivendo como quem espera
    - sem delícias ou dores -
    o ponto final chegar

    que triste, poxa vida (sem ponto final)
    ficou gracinha, coisongo <3

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